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O mês de fevereiro pode ser o mais curto dentre todos, mas ele possui um significado muito importante quando o assunto é combate às neoplasias, pois foi escolhido mundialmente para a conscientização sobre a Leucemia.

 

Estimativas do INCA (Instituto Nacional de Câncer), apontam que, para cada ano do triênio 2020-2022, serão diagnosticados no Brasil mais de 10 mil casos novos de leucemia.

 

Neste post, separamos detalhes cruciais para que você entenda um pouco mais sobre a doença e fique atento aos mínimos sinais que o corpo emite.

 

O que é Leucemia?

 

A Leucemia diz respeito a um conjunto de doenças malignas que atingem os glóbulos brancos e provocam o crescimento desordenado de células anormais na medula óssea.

 

A neoplasia, conhecida popularmente como “doença do sangue”, se inicia na medula óssea, onde são fabricadas as células sanguíneas que dão origem aos glóbulos brancos (leucócitos), aos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às plaquetas.

 

Além disso, ela impacta a produção de glóbulos vermelhos e plaquetas, causando sintomas, como:

 

  • Cansaço;
  • Fraqueza;
  • Manchas roxas/vermelhas na pele;
  • Sangramento na gengiva e nariz;
  • Perda de peso;
  • Inchaço/desconforto no abdômen.

 

Fique atento às mudanças corporais, pois elas podem ser sintomas de outros diagnósticos, dificultando o rastreamento prévio da Leucemia.

 

Quais são os tipos de Leucemia?

 

Muito se engana quem acha que a Leucemia é apenas uma, pois ela possui mais de 12 diferentes tipos, sendo agrupadas de acordo com a evolução da doença e sua velocidade.

 

As crônicas são aquelas que se agravam lentamente, enquanto as agudas geralmente acarretam em uma piora bem rápida.

 

Elas são agrupadas com base nos glóbulos afetados, podendo ser: linfoides (linfoide, linfocítica ou linfoblástica) ou mieloides (mieloide ou mieloblástica).

 

Para termos uma base, abordaremos os 4 tipos primários, sintetizados pelo INCA, e você poderá ver a diferença entre eles.

Leucemia mieloide aguda (LMA)

 

Esse tipo de Leucemia possui um tempo de evolução bastante curto (poucas semanas) e pode acometer pessoas de várias idades, sendo de maior incidência em idosos.

 

A Leucemia mieloide aguda se dá quando a produção células blastos, ainda imaturas, aumenta desordenadamente. Estas células imaturas, que não conseguem se tornar madura, param de desempenhar a sua função de proteção ao organismo.

 

A medula óssea, onde ocorre a produção das células que circulam no sangue, é então invadida por essas que sofreram mutações genéticas, deixando de produzir as células saudáveis.

 

Sendo assim, devido a tal deficiência no organismo, pode-se apresentar anemia, pois a quantidade de glóbulos vermelhos, também conhecidos como hemácias, diminui.

 

Além disso, também podem acontecer infecções, devido à queda na quantidade de glóbulos brancos (leucócitos) e sangramentos por causa da produção menos eficiente de plaquetas.

 

Apenas um médico pode ser responsável por qualquer tipo de diagnóstico, através de uma análise minuciosa do paciente.

 

Confira algumas características que podem ser observadas:

  • Palidez;
  • Manchas roxas pelo corpo;
  • Aumento do fígado e baço;
  • Febre sem explicação;
  • Dor óssea, dentre outras.

 

Um exame de hemograma poderá detectar algumas das alterações e, caso seja necessário, o médico também poderá solicitar um exame de medula óssea, para que o diagnóstico seja preciso.

 

Além desses, outros exames também poderão ser solicitados, tais como:

  • Mielograma, realizado através de uma punção óssea;
  • Imunofenotipagem, para verificar a linhagem celular;
  • Citogenética, que vai analisar os cromossomos;
  • Análise molecular.

 

Não deixe de procurar um médico de confiança caso sinta alguma diferença no seu organismo, ele poderá fazer o encaminhamento para um especialista o quanto antes.

 

Leucemia mieloide crônica (LMC)

 

A LMC costuma acometer, sobretudo, pessoas na idade adulta, por volta dos 50 anos. Além disso, ela afeta as células mieloides e se desenvolve, a princípio, de forma lenta.

 

Ocorre quando há aumento de células maduras, mas anormais, diferenciando-se dos outros tipos de Leucemia devido a presença do cromossomo Philadelphia (Ph+), uma fusão entre dois cromossomos (9 e 22), sendo considerada uma anormalidade genética.

 

Além disso, é um pouco mais silenciosa que as demais, podendo passar despercebida por anos, visto que o seu tempo de evolução é longo.

 

Fique atento(a): a perda de peso sem motivo aparente já é um sinal de que algo no corpo não está muito bem, principalmente se acompanhado de sintomas de anemia.

 

Através de um hemograma é possível verificar alterações, podendo também ter outros exames solicitados pelo médico, como:

 

  • Mielograma;
  • Imunofenotipagem;
  • Citogenética;
  • Análise molecular;
  • Exame de medula óssea.

 

Mantenha seus exames de rotina em dia para evitar e lembre-se de agendar, pelo menos, um check up anual.

 

Leucemia linfoide aguda (LLA)

 

Ao contrário da LMC, esse tipo de Leucemia acomete, principalmente, crianças nos primeiros anos de vida (com índices de até 80% de cura), apesar de também existirem casos de adultos com LLA.

 

A Leucemia se caracteriza por atingir as células linfóides, implicando em complicações de forma rápida.

 

Em outras palavras, surgem na medula óssea células blásticas leucêmicas (linfoblastos ou blastos leucêmicos), que são “imaturas” e acabam não se tornando células sanguíneas saudáveis e úteis para o organismo.

 

Alguns dos sintomas mais comuns são:

  • Palidez;
  • Cansaço;
  • Sonolência;
  • Hematomas;
  • Manchas roxas;
  • Sangramentos prolongados;
  • Dores de cabeça e óssea, dentre outros.

 

Bem como nos outros tipos de Leucemia, a análise para diagnóstico pode ser feita através dos mesmos exames que já citamos acima.

 

Leucemia linfoide crônica (LLC)

 

Por fim, vamos falar sobre o quarto tipo de Leucemia: a LLC, que possui um desenvolvimento mais lento e acomete as células linfóides.

 

Em relação ao diagnóstico, a Leucemia linfoide crônica costuma acontecer com adultos acima dos 55 anos e, de forma rara, crianças.

 

Isso porque, de acordo com alguns estudos, ela é uma doença dos glóbulos brancos adquirida ao longo da vida, sem fatores concretos para o surgimento.

 

Por se tratar de uma Leucemia na maioria dos casos assintomática, é necessário manter os exames de rotina em dia, pois eles podem detectar alguma anomalia.

 

Bem como nos outros tipos da neoplasia, os mesmos exames podem apresentar resultados para um diagnóstico precoce, favorecendo o resultado dos tratamentos.

 

O que causa a Leucemia?

 

A verdade é que ainda não existem causas exatas para o diagnóstico de Leucemia. Porém, suspeita-se que haja uma relação entre os fatores de risco e certos tipos da neoplasia. Veja alguns exemplos:

 

  • Idade: o risco é maior em idades mais avançadas, com exceção à Leucemia linfoide aguda, que acomete crianças.
  • Histórico familiar: a Leucemia mieloide aguda e a Leucemia linfoide crônica são os casos mais comuns.
  • Tabagismo: pode influenciar no diagnóstico de Leucemia mieloide aguda.
  • Exposição à radiação ionizante na radioterapia: pode causar Leucemia mieloide aguda e crônica e Leucemia linfóide aguda.
  • O uso de algumas classes de medicamentos na quimioterapia: pode provocar Leucemia mieloide aguda ou Leucemia linfóide aguda.

Quais são os tipos de tratamento possíveis para a Leucemia?

 

Os tratamentos irão depender do diagnóstico dado pelo médico através da análise dos exames, bem como da evolução da doença.

Dentre eles estão: quimioterapia, quimioterapia oral e, em alguns casos, é indicado o transplante de medula óssea.

 

Todos são selecionados de forma única e exclusiva para cada paciente.

 

A importância de ser um doador de medula óssea

 

Uma ampla rede de doadores é necessária para salvar um número cada vez maior de pessoas, seja através de sangue, órgãos ou medula óssea.

 

Muito se fala sobre essa importância, mas pouco se aborda sobre como tudo acontece, o que acarreta em dúvidas àqueles que têm o interesse em fazer parte dessa rede solidária para salvar vidas.

 

Como falamos anteriormente, bem no começo do texto, a compatibilidade precisa ser de, no mínimo 90%, o que torna a medula óssea um pouco mais difícil de ser “encontrada”.

 

De acordo com dados do REDOME (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea, coordenado pelo INCA), o doador ideal (irmão compatível) só está disponível em cerca de 25% das famílias brasileiras, ou seja, para 75% dos casos é necessário que exista um doador alternativo, que vem dos registros de doadores voluntários, bancos públicos de sangue de cordão umbilical ou familiares parcialmente compatíveis (haploidênticos).

 

Conte com o CON para restabelecer a sua saúde da melhor forma possível! Clique no banner a seguir e agende a sua consulta hoje mesmo.

 

Se você é médico, encaminhe seu paciente!

 


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24/08/2021 CON1

Como o próprio nome sugere, o Integralis permite um olhar integral para a saúde do paciente. Isso porque eles são tratados de maneira completa, com todos os cuidados centrados nas necessidades individuais, em prol da qualidade de vida e no bem-estar de cada um.

Tais cuidados, adaptados para cada necessidade e tipos específicos de câncer, são realizados através dos Serviços de Cuidados Clínicos Integrados – SCCI, que englobam:

  • Oncologia Clínica;
  • Onco-hematologia;
  • Oncogenética;
  • Enfermagem Oncológica;
  • Farmácia Clínica;
  • Laserterapia Oral;
  • Psicologia;
  • Nutrição;
  • Fisioterapia.

Para nós, é imprescindível que os pacientes recebam acolhimento de forma personalizada. Acreditamos que cada pessoa é única e, por isso, saber ouvir e dar atenção é a melhor forma de fazer a diferença

Integralis, nosso jeito de cuidar

Quando um paciente é encaminhado aos cuidados do CON, ele é então recebido em um centro de saúde com uma equipe completa, formada por médicos e pela equipe de serviços de cuidados clínicos integrados que, com o reforço operacional, formam uma rede de cuidado e assistência para tratamentos multidisciplinares nas áreas de oncologia clínica, onco-hematologia e terapia infusional.

Em cooperação com os Serviços de Cuidados Clínicos Integrados do CON, estão:

·        A Assistente do Cliente;

·       O Alô CON;

·       E o Acompanhamento Hospitalar, em caso de internação.

Começando pelo diagnóstico

A Assistente do cliente ajudará o paciente durante toda a sua jornada no CON. Já no diagnóstico, ela o auxiliará nos seguintes pontos:

  • Agendamento de exames complementares e de laboratório;
  • Encaminhamento para o oncologista;
  • Gestão cirúrgica, caso seja necessário.

A atuação da Assistente do Cliente otimiza muito o tempo entre o diagnóstico e o tratamento, fazendo com que as coisas avancem de maneira mais fluida e objetiva.

Na etapa pré-cirúrgica

Avaliação com nutricionista

Durante este período, o paciente também conta com avaliação nutricional, já que podem ocorrer algumas deficiências acarretadas pela patologia.

Sendo assim, o profissional poderá alinhar o que deve ser ingerido de acordo com uma dieta desenvolvida para cada necessidade nutricional específica.

Isso faz com que o paciente também receba um aporte calórico adequado, através de uma dieta personalizada para prosseguir com o tratamento.

Fisioterapia também é muito importante

Mediante avaliação física e possíveis limitações de funcionalidades, o planejamento fisioterápico também objetiva o incentivo para que as atividades físicas sejam mantidas nas rotinas dos pacientes, sempre de acordo com a capacidade e a necessidade individual de cada um.

Para a preparação do ato cirúrgico, caso ele seja necessário, o fisioterapeuta trabalhará, principalmente, com o fortalecimento da musculatura, visando a redução de sequelas e menor debilidade também no pós-operatório.

Suporte psicológico

A equipe de psicólogos do CON atua para garantir maior estabilidade emocional durante o tratamento, tanto para pacientes como para seus familiares.

Esse atendimento visa prestar apoio profissional focado no impacto do diagnóstico e na nova rotina a ser enfrentada, preparando para a superação dos medos, aceitação dos fatos e novas análises de objetivos, sempre com foco na qualidade de vida de todos os envolvidos.

Farmácia clínica

Também existe uma equipe completa voltada à farmácia clínica, que realiza uma avaliação farmacoterapêutica com possíveis comorbidades apresentadas pelo paciente.

A partir daí, começa a reconciliação medicamentosa, que é um processo formal e sistemático de obtenção e avaliação da lista de medicamentos que o paciente faz uso e com os que ele pode vir a fazer de acordo com o tratamento proposto.

Pós-operatório

O momento que vem após qualquer tipo de cirurgia já é motivo de celebração para o paciente, pois significa que mais uma etapa do tratamento neoplásico foi concluída.

Diversos membros da nossa equipe continuam atuando, agora de forma ainda mais intensa, para que o restabelecimento da saúde esteja alinhado à qualidade de vida, além de preparar o paciente para os próximos passos.

Nutrição

A equipe atua para que aconteça o fornecimento das doses diárias recomendadas de todos os nutrientes.

Além disso, outro ponto importante é a ingestão de alimentos saudáveis que podem auxiliar na cicatrização, sendo selecionados de acordo com as intervenções terapêuticas gastrointestinais.

Fisioterapia

Trabalha tanto com a aplicação de tratamentos que aceleram a cicatrização, quanto pela realização de exercícios focados no aumento da amplitude de movimento e postura corporal.

Podemos destacar que a fisioterapia também contribui com a autoestima do paciente, uma vez que auxilia na possibilidade de recuperação dos movimentos do membro afetado.

Psicologia

O foco aqui é trabalhar a autoimagem após algum tipo de alteração corporal, como a queda de cabelo, por exemplo.

Tal suporte psicológico ajuda o paciente oncológico a aceitar esses impactos e a lidar com isso da melhor forma possível, com o intuito de fortalecer a autoestima.

Consultório de ferida tumoral

Com a finalidade de assistir o paciente acometido por feridas tumorais, o CON presta cuidados que visam:

  • Higienização da lesão;
  • Tratamento e prevenção de infecções e contaminações exógenas;
  • Eliminação dos fatores que possam retardar a cicatrização;
  • Promoção do controle de dor;
  • Remoção de tecidos desvitalizados;
  • Proteção da lesão contra trauma mecânico e promoção da hemostasia.

Os cuidados e orientações desse tipo de tratamento fazem toda diferença, não somente no bem-estar dos pacientes, mas também preconiza seu conforto no atendimento ambulatorial, evitando exposições desnecessárias em ambiente hospitalar.

Início da terapia antineoplásica

O início do novo protocolo representa uma etapa fundamental para o restabelecimento da saúde. Seja antes ou após a cirurgia, o médico oncologista irá definir qual tratamento deverá ser seguido pelo paciente : Quimioterapia, Terapia Alvo ou Hormonioterapia, por exemplo.

Para o dia da terapia, alguns cuidados básicos são recomendados:

  • Leve um acompanhante com você;
  • Converse com a nutricionista para saber quais alimentos podem ser ingeridos;
  • Evite faltar às sessões de terapia antineoplásica;
  • Se possível, não agende outros compromissos no dia.

Enfermagem oncológica

Este profissional também acompanha todas as fases da jornada, sendo uma ponte entre o paciente e o médico oncologista, passando pelos exames prévios, monitorando eventos adversos, além de estar disponível através do Alô CON.

Laserterapia oral

Dentistas especializados fazem um atendimento que foca no manejo profilático e tardio para tratar eventuais feridas na boca, que podem aparecer em decorrência ao tratamento.

Grupo de apoio e vivências

A proposta é que os pacientes possam interagir entre si, com discussões e experiências vivenciadas com a doença, sendo sempre mediada pelo serviço de psicologia, podendo ter como participantes os familiares e acompanhantes também.

Resposta terapêutica

A última etapa da jornada do paciente em nossa Linha de Cuidados prepara para a volta à rotina anterior ao diagnóstico da neoplasia.

Após encerrar os protocolos de tratamento, é importante que aconteçam algumas análises para que o retorno não aconteça com consequências à qualidade de vida, seja física ou mental.

Para esse momento, a equipe continua atuando com r todo o suporte necessário, sempre de forma individualizada e com ações focadas no bem-estar de cada paciente, proporcionando o cuidado integral em toda a jornada no CON..

Comissão de qualidade de vida

A recuperação é sempre acompanhada pela Comissão de Qualidade de Vida, que analisa a resposta terapêutica do paciente em fase de alta.

Acompanhamento assistencial

O paciente também será acompanhado pela Comissão de Qualidade de Vida quando a resposta terapêutica não for favorável para cura, sendo monitorado dentro dos seus eventos adversos, proporcionando conforto e qualidade de vida.

Restabelecer a saúde dessa forma é fundamental para que todas as etapas sejam concluídas da melhor forma possível. Por isso, buscamos aprimorar cada vez mais a nossa forma de cuidar, levando em consideração os avanços tecno-científicos, as necessidades específicas e o paciente como protagonista da sua jornada.

Mas não basta oferecer o cuidado integral se não pudermos estar mais próximos de você. Por isso, nossa presença no estado do Rio de Janeiro permanece forte e em três municípios:

  • Niterói (São Francisco);
  • São Gonçalo;
  • Rio de Janeiro (Botafogo e Barra da Tijuca).


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O câncer de cabeça e pescoço pode originar-se na cavidade oral, nasal, faringe, laringe glândulas salivares, sendo o principal tipo histológico desses cânceres, o carcinoma escamoso, representando 90% dos casos.

O seu desenvolvimento apresenta como principal fator etiológico a combinação do consumo de álcool e tabaco, mencionados conjuntamente porque os fumantes tendem a ser etilistas.

Além disso, a carcinogênese (processo de formação do câncer) de cabeça e pescoço pode ser desenvolvida por cofatores como a poluição ambiental, higiene oral e a predisposição e genética.

Outro fator importante para o surgimento do câncer de cabeça e pescoço, principalmente os originados na orofaringe, é a infecção pelo HPV (papilomavírus humano).

(Para saber sobre os tipos mais comuns de câncer de cabeça e pescoço, bem como suas causas e prevenção, continue a leitura.)

Causas do câncer de cabeça e pescoço

Um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de cabeça e pescoço é o tabagismo.

A exposição a agentes carcinogênicos do tabaco representa um alto risco, devido à capacidade de alguns agentes químicos danificarem informações genéticas no interior da célula saudável..

Isso porque o cigarro contém nitrosaminas e hidrocarbonetos policíclicos que provocam uma alteração no perfil molecular dos indivíduos, gerando mutações.

O consumo de álcool também pode aumentar o risco desse tipo de câncer, uma vez que encontramos a presença do acetaldeído, um metabólito do álcool, que é responsável pela formação de adutos de DNA, interferindo na sua síntese e reparo.

Por outro lado, o consumo de álcool também age como solvente, provocando o aumento da exposição da mucosa a agentes carcinogênicos.

Seu uso combinado com tabaco pode elevar em até 40 vezes o risco de evolução desse tipo de câncer, considerando que muitos fumantes tendem a ser etilistas.

Contudo, um risco independente para câncer de cabeça e pescoço é a infecção por HPV (papilomavírus humano).

A infecção por HPV pode levar ao desenvolvimento do câncer de cabeça e pescoço principalmente na orofaringe (que inclui a garganta, base de língua, tonsilas); surge em indivíduos mais jovens, mesmo naqueles sem fatores de risco como o tabagismo e etilismo.

O sexo oral não protegido é considerado a principal causa para a infecção por HPV.

Outros fatores independentes estão associados à higiene oral inadequada e ao uso de próteses dentárias mal adaptadas, que podem causar traumas crônicos, gerando uma cicatrização viciosa,

A alteração da flora oral também contribui para o desenvolvimento de câncer oral, geralmente observado naqueles que sofrem de perda de dentes.

Por fim,  a ocorrência deste câncer pode ser também hereditária, devido a fatores genéticos herdados, assim como também há casos relacionados a risco ocupacional.

Tipos de câncer de cabeça e pescoço

De acordo com o que vimos sobre suas causas, é de extrema importância conhecer a epidemiologia e não negligenciar os exames de rotina para que ocorra um diagnóstico mais precoce possível, bem como a instituição do tratamento adequado.

Cabe ressaltar, ainda, que essa doença pode deixar seqüelas importantes, seja pela própria doença ou pelo tratamento, com prejuízo na qualidade de vida.

Por isso, evitar fatores de risco possíveis e diagnosticar precocemente os casos são metas importantes no combate a esse câncer.

Abaixo, destacamos alguns aspectos mais comuns dos tumores de cabeça e pescoço, de acordo com a topografia de acometimento.

Cavidade oral

Para começarmos a falar sobre o assunto, é importante destacar que a cavidade oral inclui:

  • Lábios;
  • Revestimento interior dos lábios;
  • Bochechas (mucosa oral);
  • Dentes;
  • Gengivas;
  • Dois terços anteriores da língua;
  • Assoalho da boca;
  • Céu da boca (palato duro).

O câncer da cavidade oral, que também é conhecido como câncer de boca, é duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres, a partir dos 40 anos.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), existe uma estimativa de que para cada ano do triênio 2020/2022 sejam diagnosticados no Brasil 15.190 novos casos de câncer de boca e orofaringe (aproximadamente 11.180 em homens e 4.010 em mulheres).

Manchas na gengiva, língua ou na mucosa oral, úlceras que não cicatrizam, áreas de inchaço na região da mandíbula, sangramento e dor podem ser sinais de acometimento dessa região.

Faringe

A faringe pode ser dividida em três partes, sendo elas a nasofaringe, orofaringe e hipofaringe.

A doença nessa região pode se manifestar com sintomas de dor ao engolir, dor na garganta ou no pescoço persistentes, dor de ouvido ou zumbido ou dificuldade para ouvir.

A seguir, desenvolvemos cada uma dessas regiões.

Nasofaringe

A nasofaringe é a parte mais alta das vias aéreas, localizada atrás do nariz e acima do palato mole, região onde alguns tipos de neoplasias podem ser desenvolvidas.

Entre os fatores de risco mais comuns para o desenvolvimento de câncer de nasofaringe, estão o tabagismo, o alcoolismo e o histórico familiar.

Segundo a American Cancer Society, estudos indicam que a exposição ocupacional ao formaldeído também pode ser um o risco ao carcinoma de nasofaringe.

Orofaringe

O câncer orofaríngeo se desenvolve na parte da garganta logo atrás da boca, incluindo a base da língua, o palato mole, as amígdalas, e a parte lateral e posterior da garganta.

Esse sítio é preferencial para surgimento de lesões relacionadas ao HPV.

Hipofaringe

A hipofaringe é a parte da faringe que se localiza atrás da laringe e se comunica com o esôfago. Geralmente os tumores localizados nessa área costumam manifestar sintomas quando já estão maiores, o que torna difícil o diagnóstico precoce.

Laringe

Localizada no pescoço, acima da abertura da traqueia, a laringe contém as cordas vocais e está subdividida em supraglote (área acima das cordas vocais), glote (área que contém as cordas vocais) e subglote (área abaixo das cordas vocais).

Sua principal função é a proteção da traqueia e a via aérea no momento de engolir alimentos e líquidos.

De acordo com dados do INCA, o câncer de laringe, mais comum em homens acima de 40 anos, é uma das neoplasias mais comuns entre as que atingem a região da cabeça e pescoço, representando cerca de 25% dos tumores malignos que acometem essa área.

Entre os sintomas mais comuns relacionados ao câncer de laringe, que chamam a atenção, são as alterações na voz como rouquidão persistente, dificuldade para falar ou respirar, dor ao engolir e dor nos ouvidos.

Glândulas salivares

As glândulas salivares são divididas em dois principais tipos: glândulas salivares maiores (parótidas, submandibulares e sublinguais) e glândulas salivares menores.

São tecidos responsáveis pela fabricação e secreção do fluido lubrificante encontrado na boca e na garganta, a saliva.

Os cânceres de glândulas salivares são considerados raros, apresentando maior frequência na parótida e, em seguida nas submandibulares, com menor incidência em locais como glândula sublingual e salivares menores.

Como tumores malignos mais comuns encontrados nesses tecidos, estão o carcinoma mucoepidermoide e o carcinoma adenoide cístico.

Mais recorrente em homens do que em mulheres, a idade avançada é considerada um dos fatores de risco para o surgimento do câncer de glândulas salivares.

A implicação de radiação, dieta e infecção também podem aumentar as probabilidades de desenvolvimento desta neoplasia.

Inchaço sob o queixo ou ao redor da mandíbula, dormência ou paralisia dos músculos da face, ou dor na face, no queixo ou no pescoço que não desaparece são sintomas comuns do acometimento dessa região.

Seios nasais e paranasais

Representando 3 a 5% dos cânceres de cabeça e pescoço, os tumores localizados nessa região incidem mais em homens do que em mulheres.

O carcinoma escamoso é ainda o tipo histológico mais freqüente nos tumores malignos dessa região, mas é possível observar adenocarcinomas, tumores mucoepidermóides, melanomas, linfomas, estesioneuroblastoma, sarcomas entre outros.

Alguns sintomas comuns são: obstrução em seios nasais, infecções crônicas dos seios da face que não respondem ao tratamento com antibióticos; sangramento pelo nariz; dores de cabeça freqüentes; inchaço ou outros problemas com os olhos, como lacrimejamento frequente; dor na arcada dentária superior; ou problemas com dentaduras.

Prevenção do câncer

Para que os tipos de câncer de cabeça e pescoço possam ser prevenidos, é necessário limitar o consumo de álcool, cessar o tabagismo, evitar a exposição a agentes carcinogênicos ambientais, manter tanto uma boa saúde oral como bons hábitos alimentares, além de realizar exames de rotina para detecção precoce do HPV.

A vacinação contra HPV é importante também não só na prevenção do câncer de colo uterino mas também na prevenção do câncer de cabeça e pescoço relacionado ao HPV.

Por fim, manter uma dieta equilibrada é um dos meios de prevenção ao desenvolvimento do câncer de cabeça e pescoço, uma vez que frutas e vegetais possuem propriedades antitumorais.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico do câncer de cabeça é pescoço é realizado através de biopsia, indicado por médico ou dentista após identificação de lesão suspeita.

Após detecção da doença, o câncer de cabeça e pescoço, a opção de tratamento principal para as fases iniciais é a cirurgia.

O tratamento da doença localizada pode envolver também o uso de radioterapia combinado ou não a quimioterapia, de acordo com o estágio da doença.

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