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Como se alimentar bem? – Por Juliana Moreira, nutricionista do CON

31/03/2017
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Falar sobre boa alimentação nunca é demais. Hoje em dia, então, nem se fala. A cada semana surge um novo tipo de dieta, posta em prática por algum famoso e cujos resultados prometem ser incríveis. Quando há fundamentos científicos, não há problema. A questão é que, muitas vezes, a saúde do organismo fica em segundo lugar e a prioridade é apenas estética.

A nutricionista do CON, Juliana Moreira, respondeu dúvidas muito comuns sobre a alimentação. Falou sobre glúten, alimentos industrializados, relação entre sobrepeso e tipos de câncer e reedeucação alimentar. Continue lendo e tire suas dúvidas sobre todos esses assuntos agora!

1 – Hoje se fala que o consumo do glúten pode aumentar as chances de se desenvolver câncer de intestino. Há algum estudo que comprove essa informação? Porque também há especialistas que afirmam que a substância é, sim, importante para o organismo e só os celíacos deveriam cortá-la.

A Doença Celíaca é uma doença autoimune desencadeada pela ingestão de cereais que contêm glúten, por indivíduos geneticamente predispostos. O seu tratamento é fundamentalmente dietético. Consiste na exclusão do glúten, termo utilizado para descrever frações proteicas encontradas no trigo, centeio, cevada, aveia e em seus derivados.

Desta forma indivíduos que não tenham esta condição podem utilizar produtos que contém glúten sem nenhum problema. Não existe evidência de sua relação com câncer, nem com processo de emagrecimento.

2 – Quais as principais armadilhas que os alimentos industrializados escondem hoje em dia? Quais os maiores vilões?

Escolher o que comemos é muito importante. Alguns alimentos podem ajudar a proteger o corpo contra a doença, enquanto outros podem aumentar o risco de desenvolver câncer.

Devemos evitar alimentos ultraprocessados, os que já vem prontos para consumir ou aquecer, bebidas açucaradas (refrigerantes, chás prontos e sucos em embalagem tetrapack). Todos esses produtos tem grande quantidade de aditivos que são prejudiciais, assim como o alto teor calórico que promove o ganho de peso.

Os refrigerantes contêm a substância 4-MI (4-metil-imidazol), classificada como possivelmente cancerígena pela Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC), da Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse composto é um subproduto do corante caramelo IV presente nessas bebidas.

Outro grave problema é o sal. Evitar alimentos salgados ou preservados em sal; sempre é importante o bom senso na utilização do mesmo; existe relação do consumo abusivo do sal com câncer de estômago. Deve-se ter cuidado no consumo de grãos e cereais, observando embalagem e conservação. Pode existir a contaminação dos mesmos por aflatoxinas, produzidas por fungos quando esses alimentos são estocados por um período excessivamente longo em temperaturas quentes e estão relacionados com câncer do fígado.

Carnes processadas como presunto, salsicha, linguiça, bacon, salame, mortadela, peito de peru, etc., possuem substâncias tóxicas no processo de defumação e também conservantes, como os nitritos e nitratos, que podem aumentar a chance de desenvolver câncer. O consumo desses produtos deve ser evitado.

3 – Qual a relação entre o sobrepeso e o câncer?

Para ilustrar segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) de 2014, 39% dos adultos com 18 anos ou mais tinham sobrepeso e 13% eram obesos. O número de mortes no Brasil por conta de câncer aumentou 31% desde 2000 e chegou a 223,4 mil pessoas por ano no final de 2015.

O estado de sobrepeso e obesidade, além de armazenar o excesso de gordura corporal provoca alterações hormonais e um estado inflamatório crônico que estimulam a proliferação celular e inibem a apoptose (morte programada das células).

Dessa forma, a gordura contribui para a formação e a progressão de diversos tipos de câncer, como o de esôfago, estômago, pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon e reto), rins, mama (mulheres na pós-menopausa), ovário, endométrio, meningioma, mieloma múltiplo e possivelmente próstata (avançado), mama (também em homens) e linfoma difuso de grandes células B.

A melhor maneira de interferir com as comorbidades associadas à obesidade, particularmente o câncer, é manter o peso corporal normal ao longo da vida e modificar comportamentos de estilo de vida para controlar o peso quando a obesidade já se desenvolveu.

4 – Qual o primeiro passo para alguém com dificuldade de iniciar uma reeducação alimentar? Há alguma dica para tornar o processo mais fácil?

O mais importante é o primeiro passo, se conscientizar da necessidade de mudança e assumir esse compromisso. Estipular metas auxiliam no engajamento desse processo, como por exemplo voltar a usar uma roupa que estava apertada, e muitas vezes o apoio interdisciplinar da psicologia é muito importante.

O profissional deve manter uma proximidade no início do acompanhamento, para fidelizar o paciente nessa caminhada e não mudar radicalmente todos os hábitos de imediato, afinal o mais importante é uma reeducação alimentar definitiva, adoção de novos hábitos para que não aconteça uma transformação temporária.

5 – Célula Saudável seria o nome do projeto?

Sim. O grupo Célula Saudável surgiu para ajudar pacientes com câncer a perder ou manter o peso durante e após o tratamento oncológico. São realizadas palestras, encontros, atividades externas com o objetivo de disseminar boas práticas de saúde visando a prevenção do câncer e manutenção da saúde.

Tratamentos em Oncologia, Hematologia para pacientes oncológicos e um Centro de Infusão para cuidados não oncológicos no Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo.


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